Eleições e Políticas Públicas: desejo, posso e como.

       

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      A despeito do que parece, ao olhar do homem comum, descrente e desconfiado com o campo político, o período eleitoral é robusto pela anunciação de temas importantes para vida dos cidadãos, de forma de direta e indireta. Em geral, no pleito eleitoral, as agendas de políticas públicas pululam na e para opinião pública, seja a respeito da educação, da saúde, da segurança, da geração de emprego etc. Parecem até um mantra, pois todos os candidatos as têm na ponta da língua.

Não obstante, a correlação eleições e agenda pública que emergem do período eleitoral estão circunscritas a alguns problemas quanto a sua concretização, em termos técnicos e em termos políticos, além das situações “imprevisíveis, como, por exemplo, um contexto pandêmico em que por maior planejamento que haja, não é tarefa das mais fáceis prevenir.

Em termos técnicos, os candidatos aos executivos estão limitados aos problemas de ordem orçamentária e aos exageros contidos em seus planos de governos – grosso modo – criados para cumprir os protocolos quando dos registros das candidaturas, mas distantes das realidades legais e orçamentárias. Já em relação às candidaturas ao legislativo, as propostas  fogem de qualquer senso de realidade – a maioria focada em promessas que fogem à competência legal do próprio legislativo.

Em termos políticos, os problemas são ainda maiores, pois as alianças feitas pré e pós eleição restringem a execução do Plano de Governo aos limites da composição das forças que deram sentido à vitória e, também, merecem e devem fazer a composição da governabilidade e na gestão sob a perspectiva de uma democracia pluralista.

Neste contexto, se o período eleitoral é profícuo para a manifestação dos desejos, o pós-eleição é determinado pelas palavras posso e como. Estas duas palavras perseguirão qualquer gestor no contexto de seu mandato, fazendo-os, a depender do grau e da capacidade técnica e política,  ter o êxito desejado quanto à boa gestão e a concretização da agenda pública/políticas públicas, num dilema entre desejos ilimitados e capacidade limitada, dentro de um tempo exíguo.



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