“Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.” (PLATÃO)
As
eleições municipais aproximam-se, e com isso as redes sociais são turbinadas
com perfis de candidatos para os legislativos e executivos municipais, de todos
os tons, cores e matizes ideológicos.
Candidatos
gestores, professores, advogad@s, jornalistas, enfermeiros, assistentes
sociais, sociólogos, cientistas políticos, garis, donas de casas, delegados,
promotores, juízes, farmacêuticos, médicos, “gregos”, “troianos”, “amadeus”,
“bêbados”, equilibristas, pintores, motoristas, navegantes, influencer, jovens,
velhos, adultos, sonhadores, pessimistas, realistas.
Para
Max Weber, substantivamente, todos com vistas a viver da Política e/ou para
Política, ou as duas coisas juntas, sendo perfeitamente legal suas motivações,
sem qualquer juízo de valor, isto é, viver tanto da Política quanto para
Política.
Para
democracia eleitoral, melhor ainda, pois aumenta a oferta no mercado político.
No entanto, para que isso ocorra, embora um dos pressupostos da cidadania
política seja o direito a votar e ser voltado, fazem-se necessários que o(s)
cidadão(s) tenha(m) pleno gozo do direito político e atenda(m) aos requisitos
estabelecidos pela Lei (por exemplo, estar filiado e em dias com seu partido, ter a idade mínima para o
exercício do mandato, estar circunscrito ao domicílio eleitoral do pleito
almejado etc.)
A
repercussão das candidaturas nas redes sociais vai do apoio à ironia dos
internautas àquel@s que legitimamente apresentam-se a tamanho desafio, isto é,
participar do processo político eleitoral, passando a ser, que me perdoe Chico
Buarque, a “genir” para os insanos, os covardes, os invejosos, os que odeiam a
Política, mas que vivem exatamente dela. Afinal, não há vida social fora do campo político.
Portanto,
quanto mais pessoas interessadas na participação Política, maior é possibilidade
de construção de uma sociedade plural e, sobretudo, preocupada com os rumos da
Polis (cidade), fazendo com quer não haja força dominante o suficiente para
aniquilar as minorias(s).
A@(s)
cidadão(s) passivo(s), no processo eleitoral (o eleitor), cabe(m) a escolha de
sua preferência, em virtude dos seus interesses, sejam eles materiais ou
ideias.
Há
muitos bons candidatos(qualificados). Talvez o que não haja, sejam bons
cidadãos.
Candadat@s,
e por que não?
“ O maior castigo para aqueles que não se interessam
por política é que serão governados pelos que se interessam.” (ARNOLD TOYNBEE).
Minha reverência aos que se colocam a este nobre
desafio. Não temam ser “genir”, pois, em geral, os que protagonizam têm como telo
como consequência as pedras da multidão insandecida.
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