A (S) DEMOCRACIA (S) É (SÃO) QUILHA (S)

      Gosto de pensar a(s) democracia (s) como quem navega por rios e mares. Existem rios de todos os tipos, retilíneos, rochosos, arenosos, caudalosos, turvos, límpidos, ondulados, serpenteados. Também os mares; os oceanos: atlântico, pacífico, índico etc. Eles carregam seus mistérios e belezas singulares.    

Mares e rios, de todos os tipos, têm em comum a reunião, a confraternização, o encontro. Os mares recebem os desejos e memórias dos rios, que nascem pequenos de alguma fonte, e vão crescendo, gota a gota, formando fios contínuos, de uma reunião que vai se encorpando e desaguando em outras reuniões para formar os igarapés, riachos, rios até chegar  à reunião maior - o mar       Oceano.

Para navegar pelos mares e rios fazem-se necessários meios eficientes e eficazes, e timoneiros competentes para que, ao longo do percurso, a canoa, o barco e/ou navio não afunde, tombe. Muitas vezes, ao longo da viagem, o timoneiro pode, ao seu alvitre, tentar mudar a direção do barco para águas turbulentas e colocar os destinos e/ou vida dos tripulantes em risco.

 Nisto os tripulantes tendem a pressionar a canoa/barco em direções distintas, uns empurram para direita; outros empurram para esquerda. Estes movimentos fazem com que o barco sofra turbulências. Logo, só há uma saída para os tripulantes, isto é, fazer com que o movimento dos opostos faça com que o barco/navio mantenha a estabilidade, o equilíbrio. Contudo, isso só é possível se o barco tiver uma boa quilha, pois sem esta o barco pode sofrer todas as intempéries naturais ou não, e afundar com todos os tripulantes

Neste sentido, a(s) democracia (s) são como a(s) quilha (s) de uma canoa, de um barco ou navio, sem ela é impossível atingir plenamente um boa navegação ou um objetivo em comum, pois o timoneiro e tripulantes podem até tentar, mas nunca terão a firmeza e a estabilidade que só quilha pode dar. Logo, quanto melhor for a qualidade da quilha, melhor será a estabilidade do barco e da viagem.

Com as democracias realmente existentes, também, têm sido assim, isto é, suas quilhas foram aperfeiçoadas, tornando as turbulências nas viagens mais amenas, mesmo que, em muitos momentos da viagem, timoneiros e/ou tripulantes fiquem mais revoltos e tentem aventuras por águas turvas e turbulentas durante a viagem.

A sobrevivência das democracias exigem bons timoneiros, mas especialmente boas quilhas (instituições) robustas, fortes e vigilantes.

 



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