Sobre o notório saber
Existem pessoas que reúnem
capacidades extraordinárias para apreensão e compreensão dos fenômenos, sejam
estes quais forem os temas abordados. Estas mentes compreendem os fatos com tamanha profundidade
que, mesmo aqueles formados naquela área de saber específico não os detêm, a estes sujeitos atribuímos-vos à condição de portadores de notório saber.
Não são parcos os casos de
extraordinária sapiência. Aliás, parte significativa daqueles que classificamos
como autores clássicos, os são por terem produzido um conhecimento que perpassou
não só o seu campo de saber, mas o próprio espaço-tempo. Até hoje não só
ouvimos falar, mas, vez por outra, retornamos às suas obras, como são os casos,
por exemplo, de Platão, Aristóteles e tantos outros pensadores, para compreender fenômenos humanos e naturais.
No Brasil, temos inúmeros
exemplos de intelectuais que efetivamente eram dotados de notório saber como,
por exemplo, Rui Barbosa, Paulo Freire, Raymundo Faoro, Victor Nunes Leal,
Milton Santos e tantos outros. Estes profissionais têm em comum, terem formuladas
e difundido campos de saberes que não tinham relação diretas com suas
áreas de formações.
Contudo, a realidade sobre o
notório saber é que ela não é uma regra, mas a exceção da exceção,
especialmente num processo de formação que tem privilegiado a fragmentação dos
saberes, muito mais que a composição, a visão holística, a
interdisciplinaridade, o diálogos dos saberes.
Um dia só existiu a filosofia como forma de “saber sistematizado-racional”(na forma ocidental), mas esta “vã” filosofia permitia e estimulava às mentes para construção de uma visão integral das coisas, forjando, na maioria das vezes, o notório saber.
Um dia só existiu a filosofia como forma de “saber sistematizado-racional”(na forma ocidental), mas esta “vã” filosofia permitia e estimulava às mentes para construção de uma visão integral das coisas, forjando, na maioria das vezes, o notório saber.
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